sábado, 15 de abril de 2017

Discurso - Vereadora Aline Cardoso - 08/mar/17

9ª Sessão Ordinária da Câmara de Vereadores de SP – 08 de março de 2017

A SRA. ALINE CARDOSO (PSDB) -

Sra. Presidente, Sras. e Srs. Vereadores, cumprimento nossa Presidente e todas as colegas Vereadoras, e também todas as cidadãs da cidade de São Paulo e do Brasil por esta data especial - 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

Costumo dizer que, às vezes, precisamos de uma data, supostamente de comemoração, para nos lembrarmos de que não temos tanto assim a comemorar.

Estava elaborando um material para divulgarmos nesta semana sobre o Dia da Mulher, e falei: “Nossa, mas vamos falar de novo sobre a mesma coisa? Vamos falar, de novo, sobre a violência, sobre o abuso, sobre diferença salarial, sobre dificuldade em ascensão no mercado de trabalho, na carreira?” Pensei: “Poxa vida, de novo!?” E, infelizmente, sim. Vamos falar de novo, vamos precisar falar de novo neste ano, no ano que vem, hoje, no mês que vem, e sempre que precisar, porque, infelizmente, a realidade ainda não mudou.

Estava, ali, com as meninas da Agência Estado, que fizeram esse bonito trabalho dos 16%, e eu lhes disse o seguinte: “Parabéns pelo trabalho”. Independentemente de ser nome de rua ou qualquer outra coisa, é importante os cidadãos trazerem contribuições para esta Casa. Nós, aqui, os 55 Srs. Vereadores, somos representantes. Precisamos que os cidadãos e a sociedade civil nos tragam ideias, demandas, propostas.

Mas eu fiz uma provocação a elas. Eu lhes disse o seguinte: “Bacana trazer uma demanda de nome de rua, mas sugiro que vocês tragam também mais demandas de projetos estruturantes de empoderamento de mulheres. É assim que eu quero atuar, porque os projetos estruturantes de empoderamento de mulheres vão criar uma massa crítica ainda maior de mulheres com relevantes contribuições para a sociedade, que naturalmente vão virar nome de rua. Então, parabéns por essa iniciativa. Continuem contribuindo, mas vamos também pensar, e acho que isso é ainda mais importante, mais sério nas políticas que vamos adotar para estruturar o posicionamento da mulher na sociedade.”

Quero agora falar um pouco sobre um assunto que também tem a ver com gênero, mas que, na verdade, abrange muitas outras coisas. São os ODSs, Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Estivemos ontem com um Diretor da ONU, baseado em Nova York, mas que estava aqui em São Paulo, conversando sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável.

Os objetivos de desenvolvimento sustentável da ONU foram aprovados em 2015 e substituem os objetivos do milênio. São 17 objetivos com centenas de metas para um melhor desenvolvimento da sociedade. Isso, nobres colegas, foi aprovado e debatido por 200 países. Não é coisa da cabeça de uma pessoa só ou de um pequeno grupinho.

E há o Objetivo 5,  que se refere a igualdade de gênero. Esse é um objetivo que deve ser perseguido, mas há muitos outros objetivos que precisamos também defender para uma sociedade mais igualitária, mais justa.

E aplico aqui a mesma regra aplicada no meu mandato. Dizemos o seguinte: temos alguns temas prioritários - já falei sobre alguns desses temas nesta tribuna – e, dentro desses temas, colocamos a questão da mulher, a questão de gênero como muito importante. Temos lá, por exemplo, empreendedorismo - empreendedorismo de mulheres -, tecnologia, inovação. É um segmento onde quase não há mulheres.

Então precisamos trazer também a questão de gênero não só como um assunto isolado e sim um tema a ser tratado dentro das políticas públicas de cada área. E, nesse sentido, temos aqui: erradicação da pobreza; geração de emprego; redução de desigualdade; educação de qualidade; saúde, etc. e tal.
Quero deixar registrado esse recado após esse nosso encontro de ontem sobre os objetivos do desenvolvimento sustentável, inclusive aplicados no meio do cooperativismo, segmento muito importante também para a geração de empregos e de oportunidades. E que possamos, dentro desse trabalho maravilhoso que foi feito pela Organização das Nações Unidas, com centenas de delegações, com milhares de diplomatas, beber nessa fonte para estabelecer políticas públicas mais construtivas para uma sociedade melhor.

E que tanto esta fonte - que citei aqui - internacional, quanto a fonte do jornal, quanto qualquer cidadão de bem que queira trazer boas ideias, que possam ser bem aproveitadas por esta Casa, porque, como já disse no meu primeiro dia nesta tribuna: precisamos ter a responsabilidade de lembrar que o que fazemos aqui não é para quatro anos. Qualquer legislação, qualquer política pública que passa por aqui é a base, o alicerce para o futuro da nossa cidade, futuro esse que, pela importância e pujança de São Paulo, também inspira o futuro do Brasil.

Então, mais uma vez, um feliz Dia da Mulher a todos, mas que este seja um dia de trabalho, assim como muitos outros por um futuro melhor para todas nós.


Muito obrigada.

Extraído de http://www.camara.sp.gov.br/atividade-legislativa/sessao-plenaria/registro-das-sessoes/

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